A diretora do Museu Grão Vasco, Ana Paula Abrantes, anunciou que vai ser disponibilizado em suporte digital um catálogo do Arquivo do museu com documentos” de valor inestimável” sobre a Sé e a cidade Viseu.

O catálogo digitalizado “tem cerca de 300 documentos, 17 dos quais são livros manuscritos apresentados na íntegra” – explicou Ana Paula Abrantes, acrescentando que será comercializado por 25 euros, um valor que considera acessível a todos, “tendo em conta o seu valioso conteúdo”.

O documento do Arquivo do Museu Grão Vasco esteve a cargo do investigador Anísio Saraiva e foi feito “em tempo recorde. O processo começou em Fevereiro e tudo decorreu em apenas cinco meses”, referiu a directora.

Anísio Saraiva explicou que com este catálogo digital “será disponibilizado acesso imediato ao documento, ao mesmo tempo que preserva o acervo do inevitável esgaste da consulta”.

“O acesso virtual a cada documento acompanha a respectiva descrição arquivística, datação e sumário”, assinalou.

O catálogo do Arquivo do Museu Grão Vasco em suporte digital estará disponível no Museu Grão Vasco, na Biblioteca e Arquivo de Viseu.

Segundo catálogo para breve

Anísio Saraiva avançou ainda que em breve sairá um segundo catálogo digital, “com documentação do Século XVII ao século XX, com cerca de 900 documentos”.

O catálogo serviu de mote para a exposição “Monumentos de Escrita 400 Anos da História da Sé e da Cidade de Viseu (1230-1639)”, que inaugurou anteontem no Museu Grão Vasco.

Viagem de 400 anos

“Esta é uma exposição diferente, que iremos apresentar de forma dinâmica e interactiva, com o intuito de levar as pessoas a embarcarem numa “viagem”, podendo explorar conteúdos em grupo, realçou Ana Paula Abrantes.

Patentes ao público estarão, até dia 17 de Fevereiro de 2008, documentos “de valor inestimável” do arquivo do Museu Grão Vasco.

“Uma colecção que não é objecto de exposições frequentes”, frisou.

“Monumentos de Escrita” tem como denominador comum a Sé e a cidade de Viseu, entre os séculos XIII e XVII, e será composta por dois programas narrativos – explicou.

O primeiro é dedicado à Memória da Escrita, em que se explica como a escrita e os escritos evoluíram, recorrendo à tecnologia multimédia.

O segundo é dedicado à Escrita da Memória e “explora a história da Sé e da cidade de Viseu, entrecruzando aspectos relacionados com o exercício do poder concelhio, a formação e ocupação do espaço urbano, e o protagonismo dos bispos e cónegos de Viseu no contexto religioso, cultural e político dos períodos medieval, renascentista e da contra-reforma”.

Recorde-se que o museu Grão Vasco foi objecto, entre 2001 e 2003, de obras de reestruturação. O projecto da autoria do arquitecto Eduardo Souto Moura, visou a adaptação do imóvel do século XVI às exigências de um programa museológico novo.

Fonte: Jornal de Notícias

Arquivo do Grão Vasco em catálogo digital (Portugal)

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