Há um livro que marcou a minha história como arquivista e creio que a maioria dos que leem e frequentam esta coluna e portal. O nome é “Arquivos Modernos” de autoria de Theodore Roosevelt Schellenberg e, o mesmo discorre sobre as novas características dos arquivos daquele tempo onde acontece um rompimento com o seu escopo de origem.
Pois bem, se passaram mais de 30 anos desta publicação e vivemos um outro tempo. A revolução tecnológica é viva e torna tudo novo todo dia. As instituições provedoras da grande massa informacional deste tempo tem seu dia-a-dia permeado por tecnologia e se vêem dependentes destes recursos.
Agora existem empresas para pensar e planejar o arquivo de outras empresas que “não tem tempo para se preocupar” com a gestão de sua informação. Essa terceirização de serviço padroniza formas de organização e gestão da informação, fazendo um nivelamento de nível médio para baixo em muitos casos.
Minha fala pode parecer saudosista, mas não é. Os antigos acertaram e erraram, porém fizeram suas próprias descobertas. A modernidade traz a falsa necessidade da busca frenética pelo resultado, mas pode atrofiar a capacidade dos futuros arquivistas e gestores da informação na arte de buscar a solução com jogo de cintura e criatividade sem contratar a “última novidade” da moda.
Pensamento crítico é um dos maiores aliados daqueles que trabalham para que a informação seja sempre útil e acessível.
Pensemos fora da caixinha.
Saudações arquivísticas.