Palocci disse esperar que os ministérios assumam a integralidade dos discursos sobre projetos em que atuam. Quando a presidenta Dilma Rousseff comandou a Casa Civil, o governo turbinou a pasta com projetos de grande visibilidade, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa Minha Vida, que agora ficarão sob comando da nova ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Além disso, a Secretaria de Administração antes alocada na Casa Civil agora passará a ser gerida pela Secretaria Geral da Presidência. Para completar, o Arquivo Nacional irá para o Ministério da Justiça.
De perfil discreto e com forte atuação nos bastidores, Palocci tende a dar à Casa Civil um caráter essencialmente de articulação. “Fica a Casa Civil concentrada em suas missões originais de assessoramento da Presidência”, disse Palocci. Uma configuração é mais parecida com a adotada no início do governo Lula, quando o cargo ficou sob comando do ex-ministro José Dirceu, réu no processo que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o escândalo do mensalão.
Palocci não descartou uma atuação na relação entre o governo e o Legislativo, embora tenha destacado que a gestão desse contato continuará sendo feito pela Secretaria de Relações Institucionais. Voltando-se ao novo ministro da articulação poltítica, Luiz Sérgio, Palocci brincou: “Estaremos sempre à disposição, mas a bola é toda sua”.
A posse de Palocci foi concorrida. Teve a presença de mais de 10 ministros, além de empresários como Jorge Gerdau, do grupo Gerdau, Ivo Rosset, dono da marca Valisère, Roger Agnelli, da Vale, José Sérgio Gabrielli, da Petrobrás, além de Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Wagner Pinheiro, novo presidente dos Correios.
Texto de IG
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