Em discurso comemorativo aos 140 anos do fim da Guerra do Paraguai, o vice-presidente do país, Federico Franco, afirmou que a “cicatrização do povo paraguaio” só começará depois que o Brasil devolver um suposto arquivo militar e o canhão “Cristão”, hoje em exibição no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro.
“O meu país nunca vai cicatrizar a ferida da epopeia de 1865 a 1870 se o Brasil não devolver o arquivo militar que injustificadamente retém hoje, como também o canhão Cristão, que devem retornar ao Paraguai para que se inicie a cicatrização do nosso povo”, afirmou Franco.
O vice-presidente disse esperar “que essa mensagem chegue ao presidente Lula” para que a devolução seja feita “antes cedo do que tarde”. Para ele, é “incrível” que o Brasil ainda mantenha troféus da guerra.
Franco participou na condição de presidente em exercício de ato na cidade de Cerro Corá, onde o ditador paraguaio Francisco Solano López foi morto por tropas brasileiras, dando fim à guerra. O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, estava no Uruguai, por isso não se pronunciou.
Em exibição no Museu Histórico Nacional, o canhão Cristão recebeu esse nome porque foi construído a partir de sinos de igreja. A arma foi apreendida em fevereiro de 1868, quando o Brasil tomou a fortaleza de Humaitá, no rio Paraguai. Já um arquivo militar provavelmente não existe, garante o historiador Francisco Doratioto, autor do livro Maldita Guerra, um dos estudos mais importantes sobre o período.
Fonte: Jornal do Comércio
Trfeus de guerra
A devolução do canhão El Cristiano, peça de artilharia paraguaia, responsável dela morte de centenas de soldados brasileiros, reivindicada pelo Paraguai – e já prometida pelo Presidente da República, é ato impatriótico e manifestação explícita do entreguismo e subserviência do governo brasileiro.
A peça de artilharia foi conquistada legitimamente no campo de batalha, com o sangue dos bravos soldados brasileiros; sua captura na fortaleza de Humaitá, a exemplo das inúmeras peças de guerra conquistadas dos nazistas na II Guerra Mundial, faz parte da memória nacional, que deve ser preservada – além do que sua posse pelo Brasil está amparada no Regulamento de Haia.
A devolução do obuseiro ao governo paraguaio é ato populista, desrespeito aos nossos antepassados e um acinte a memória e a bravura dos soldados brasileiros que pagaram o preço do canhão com suas vidas !
Ademais, a luz do Direito Internacional, não existe ”dívida moral” do Brasil para com o Paraguai; presente que não fomos nós que iniciamos a guerra e sim fomos agredidos por aquele !
E, como diz o Gal. Mário Ivan Araújo Bezerra indignado, ”troféu de guerra não se devolve” !
Renan Brasil
Devolução.
"Trofeu não se devolve!"
A devolução de artefatos angariados durante uma luta onde fomos afrontados é um ato de antipatriotismo. Pode também ser o começo para se reivindicar devolução de parte do território nacional.
As feridas não estão somente do lado paraguaio, o Brasil também tem feridas oriundas dessa guerra. Fomos afrontados, tivemos brasileiros que foram limpar o país dessa afronta e é dessa forma que os homenagearemos?
Que o Brasil fique com suas relíquias conquistadas nos campos de batalhas, a construção de nossa identidade nacional começou ali e não podemos esquecer isso e que o Paraguai aprenda que discussões entre Estados devem ser esgotadas no campo diplomático e não no campo de batalha.
Perderam a guerra, pois vivam com isso e a nós, nos cabe manter as relíquias para que nunca esqueçamos os exemplos de amor a nação dos nossos soldados que com a ajuda dos valorosos escravos que deram a vida por este país ou por sua liberdade sejam para sempre reverenciados.
Diga não a esse crime de lesa pátria.
Que venham os paraguaios buscar o canhão, para sentir novamente o peso de um sabre empunhado por um brasileiro!